Meu filho não come nada…

O quer precisamos saber?

1) O mundo das crianças é muito mais interessante que o alimento que ela come. Às vezes a criança não consegue focar em apenas uma brincadeira. Imagine então focar na comida!!!

2) A criança é imediatista. Nós adultos comemos muitas vezes mesmo sem ter realmente fome, pois sabemos que precisamos nos alimentar (mesmo inconscientemente), que teremos um dia cheio pela frente, que se não comermos vamos sentir fome mais tarde. A criança não se programa desta forma.

3) O maior estímulo ao prazer da alimentação é a fome. Não ofereça alimentos o tempo todo, não fale de alimento o tempo todo com a criança, principalmente com “ar” bravo ou estressado. A criança precisa ter horário regular de alimento e de jejum. A rotina alimentar é muito importante para o corpo e para a aquisição de bons hábitos alimentares.

4) Um grande erro é oferecer ou deixar a criança alimentar-se sempre que deseja, pois assim, não terá apetite no momento das refeições. O que a criança come aos poucos normalmente é erroneamente quantificado pelos pais, que imaginam não ter sido “quase nada”.

5) A rotina alimentar desenvolvida neste período pode trazer benefícios ou malefícios que podem perdurar por toda a vida. A forma como o adulto se “relaciona” com o alimento (horário, quantidade, qualidade) aos 40-50 anos tem origem nesta fase da vida.

6) A rotina familiar hoje é marcada pela falta de tempo… E muitas vezes o maior tempo que ficamos ao lado do nosso filho é no momento da alimentação e não saímos de perto dele até que coma (isso pode levar cerca de 1 hora em algumas famílias…). Quando a criança termina de comer os pais vão fazer outra coisa. Não sentam para brincar… Ficam com a criança de forma mais intensa no momento do banho, no escovar dos dentes, no comer e pouco tempo no lazer.

7) Seu filho tem peso e altura normais e está seguindo a “curva” do pediatra = A QUANTIDADE QUE ELE ESTÁ COMENDO ESTÁ ADEQUADA PARA O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DELE. A QUALIDADE NEM SEMPRE…

8) Doces e guloseimas induzem mais saciedade, impedem a alimentação saudável, criam um hábito errado para o resto da vida (lembrar da associação entre alimentação e alguns tipos de câncer, pressão alta, obesidade, resistência à cárie, etc…).

9) A seletividade na alimentação é natural do desenvolvimento NORMAL da criança… Sabidamente o paladar fica mais “apurado” com o tempo.

FÓRMULA MATEMÁTICA BEM CONHECIDAS:

Oferecer o alimento sem estresse, em menor tempo = X

Oferecer o alimento com estresse + dispender grande tempo na alimentação = x + 3 colheres

Obs: as 03 colheres a mais (fruto do estresse, da insistência exaustiva e do grande tempo de alimentação) não farão seu filho ganhar peso e não compensa o estresse para os pais e para a criança podendo até gerar uma relação ruim da criança com o alimento.
90% do que seu filho come é nos primeiros 20-30 minutos, gastar mais tempo que isto não vale à pena….

10) Vitamina não aumenta o apetite em crianças sadias.

11) Comportamentos como recompensas, chantagens, subornos, punições ou castigos para forçar a criança a comer, devem ser evitados, pois podem reforçar a recusa alimentar da criança.

12) Existe uma diferença entre o que os pais gostariam que a criança comesse e o que realmente ela necessita.

13) OBESIDADE está aumentando no mundo, sendo frequente a procura de meninos e meninas adolescentes obesos nos consultórios médicos.

Causas? Sedentarismo, alimentação abundante, qualidade da alimentação e cultura do bebê gordo.

“ROTINA QUANDO É BOA É HÁBITO, QUANDO É RUIM É VÍCIO.”

O que fazer?

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