Por que alguns bebês que mamam no peito da mãe são gordinhos e outros são magrinhos?

Se compararmos crianças com as mesmas condições de saúde e de alimentação, as diferenças observadas no seu fenótipo provavelmente são devidas às questões genéticas, que envolvem o padrão de gasto energético, a distribuição corporal de gordura e a capacidade de “poupar” energia.

Ao se avaliar crianças que apresentaram algum déficit nutricional durante a gestação (por exemplo, por alguma doença materna durante a gravidez) e que ao nascerem são expostos a uma “abundância” de nutrientes, percebe-se que esses lactentes tendem a apresentar um rápido ganho de peso nos primeiros meses de vida, de forma a compensar o período de má nutrição fetal (o chamado “rebote adiposo”). Estudos mostram que tais crianças (“poupadoras de energia”) apresentam um elevado risco de obesidade futura, e de suas complicações.

Outro fator que muitas vezes percebemos são os lactentes que não têm limite para mamar. Estabelecer uma rotina de mamadas desde o nascimento é essencial para a criança. A partir do segundo ou terceiro mês, o lactente já passa a ser capaz de dormir durante a noite, acompanhando o sono dos pais. No entanto, é freqüente encontrarmos lactentes que mamam várias vezes durante a madrugada. Sem dúvida, esse hábito tende a aumentar o seu risco de obesidade. O pediatra deve intervir nesse momento, orientando a família sobre as consequências da ingestão calórica excessiva. É uma das primeiras medidas preventivas da obesidade.

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