Microbiota intestinal: como ela pode combater a obesidade?
Publicado em 6 de maio de 2019A obesidade infantil é uma condição médica séria que afeta crianças e adolescentes. Uma criança obesa é aquela que está acima do peso normal para sua idade e altura. Para saber se seu filho sofre desta condição, basta fazer o cálculo do IMC dele (clique aqui para saber como funciona).
Uma infância em sobrepeso pode ser particularmente preocupante. Afinal, os quilos extras, muitas vezes, colocam a saúde da criança em risco, fazendo com que ela se torne suscetível a problemas de saúde sérios como:
- diabetes;
- pressão alta;
- colesterol alto;
- depressão.
E o que a microbiota intestinal tem a ver com isso?
Uma das melhores estratégias para combater a obesidade infantil é melhorar os hábitos físicos e alimentares de toda a família. Ou seja? Comer bem e de forma saudável, e ainda praticar exercícios regularmente.
Porém, atualmente, uma outra opção, que também tem a ver com dieta, está caindo nas graças de pediatras e nutricionistas: o poder que a microbiota pode ter sobre o peso de uma pessoa.
O que é microbiota intestinal?
Também conhecida como flora intestinal, a microbiota é o nome que se dá à população microbiana (bactérias, fungos e protozoários) que vive em nosso intestino. Um terço da nossa microbiota intestinal é comum à maioria das pessoas, enquanto dois terços são específicos para cada um de nós.
Como o próprio nome indica, ela é abrigada no intestino, uma das principais áreas do nosso corpo que entram em contato com o ambiente externo (assim como a pele e pulmões, por exemplo).
São algumas de suas funções:
- ajudar o organismo a digerir certos alimentos que o estômago e o intestino delgado não conseguem;
- facilitar a produção de algumas vitaminas (B e K, por exemplo);
- combater as agressões de outros microrganismos, mantendo a integridade da mucosa intestinal;
- regular o metabolismo e o armazenamento de gordura no organismo;
- desempenhar um papel importante no sistema imunológico, realizando um efeito de barreira.
Levando em conta o papel importante que a microbiota intestinal desempenha no funcionamento do corpo, especialistas hoje a consideram, inclusive, um órgão. Porém, é importante ressaltar que ele é adquirido, uma vez que os bebês nascem estéreis e a desenvolvem ao longo da vida.
Microbiota e obesidade: qual é a relação?
Estudos recentes comprovam que uma microbiota desequilibrada pode influenciar diretamente no peso de uma pessoa. Ocorre que qualquer alteração em sua composição pode provocar uma série de mudanças. Algumas delas são:
- Metabolismo desregulado: a microbiota pode interferir no funcionamento do intestino e, consequentemente, na digestão de carboidratos e extração de energia destes.
- Maior armazenamento de gordura: todo o organismo passa a armazenar mais gordura, principalmente o fígado, cérebro, músculos e tecido adiposo.
- Menor sensação de saciedade: uma microbiota alterada pode inibir a produção de substâncias que informam ao cérebro que a comida já chegou ao intestino e que, por isso, a pessoa não precisa ingerir mais nada. Sem essa informação, a criança tende a comer mais do que o necessário, aumentando gradualmente seu peso.
- Inflamação crônica: também chamada de disbiose, ela torna a parede do intestino mais permeável, permitindo que organismos nocivos ao organismo passem por elas. Um deles é a endotoxina LPS, comumente mais concentrada em pessoas obesas.
- Aumento da resistência à insulina: a insulina é o hormônio responsável por permitir que a glicose no sangue entre nas células, fornecendo-lhes energia para funcionarem. Produzida no pâncreas, sua falta pode provocar obesidade e diabetes, já que as células, mais resistentes, não respondem à sua ação, causando excesso de açúcar no sangue e, consequentemente, na concentração de gorduras no fígado e tecidos adiposos.
Como você pode fortalecer a microbiota intestinal do seu filho?
Com uma dieta rica em prebióticos e probióticos. Nós temos, inclusive, um texto que explica TUDO sobre esse assunto no Portal Convite à Saúde. Então, para não alongar mais a leitura desta publicação e, claro, passar a você todas as informações necessárias sobre esse tipo de alimentação, é só clicar aqui.
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Este conteúdo foi originalmente publicado no portal Convite à Saúde.