Educação alimentar: 10 erros comuns que os pais cometem na dieta dos filhos
Publicado em 11 de outubro de 2019Biscoitos recheados no café da manhã, telinhas e desenhos durante as refeições, sucos de caixinha para o lanche da tarde e por aí vai. Afinal: quem nunca achou que estava aprimorando a educação alimentar do pequeno quando, NA VERDADE, estava cometendo erros seríssimos com ela?
Apesar de serem bastante prejudiciais à saúde, escolhas “equivocadas” são comuns na hora de decidir o que os filhos. Por isso, não precisa se sentir culpado, e muito menos pensar que você comprometeu a alimentação do seu filho para sempre. O importante é procurar as informações corretas e fazer as mudanças enquanto é tempo!
Continue comigo e veja os 10 maiores erros que os pais cometem na educação alimentar de seus filhos, e pode começar a riscá-los de sua rotina! Preparada(o)?
A má educação alimentar infantil é aquela em que….
1 – Os próprios pais não se alimentam direito
Acredite: não adianta NADA convencer o pequeno a comer verduras e legumes se os pais não o fazem. A criança adquire muitos de seus hábitos observando o mundo à sua volta e, claro, as pessoas que convivem com ela.
Portanto, se você quer que ela coma bem e crie apreço pelas refeições saudáveis, basta montar pratos saudáveis para si próprio(a) e comê-lo na frente dela.
Lembre-se: um exemplo vale mais do que mil palavras
2 – Ninguém senta à mesa na hora das refeições
É sempre bom tentar comer junto com o pequeno, principalmente em refeições importantes como o almoço e a janta. Assim, a família cria um ritual em que a criança pode ver os pais comendo bem, experimentar a comida deles, concentrar-se no próprio prato e no momento e, claro, criar vínculos especiais com toda a família.
3 – A criança tem acesso a alimentos processados e industrializados
Todo mundo sabe o quanto um docinho, refrigerante ou bolacha recheada pode fazer o dia de uma criança melhor. Porém, é preciso entender uma série de coisas:
- esses alimentos só podem ser oferecidos ao pequeno, de preferência, após os 2 anos. Assim, ele não fica com o paladar condicionado a preferir alimentos ricos em açúcar e gorduras. Além disso, essa prática previne que a criança desenvolva, mais tarde, problemas como obesidade e diabetes.
- mesmo depois que seu filho começar a experimentá-los, é importante entender que a presença de alimentos não-saudáveis em casa deve ser evitada. Para que dar a chance ao pequeno de fazer más escolhas alimentares?
4 – O pequeno é muito estimulado a beber sucos
É preciso entender que os sucos, naturais ou processados, são bastante ricos em carboidratos e açúcar (frutose).
Basta pensar o seguinte: para fazer um suco de laranja, é preciso, pelo menos, 3 unidades para que ele fique concentrado e muito gostoso. Em outras palavras, a criança, ao bebê-lo, está consumindo o triplo de TUDO que essa fruta tem, incluindo as coisas que, se em grandes quantidades, fazem mal para a saúde.
O preferível, aqui, é dar a fruta para o pequeno comer. Assim, ele aproveita todas as fibras e vitaminas desta, e a ingere de forma moderada.
Aliás, lembre-se do princípio mais importante da hidratação: a única bebida necessária no dia-a-dia é a água.
5 – A criança não possui lanches saudáveis em sua merendeira
Colocar um pacotinho de biscoitos industrializados, uma caixinha de suco artificial e um bolinho de chocolate na merendeira do pequeno é bastante tentador. Afinal, parece ser a opção mais simples para os dias corridos, né?
Porém, não se engane. E não se deixe levar pelos produtos que se dizem extremamente saudáveis, livres “disso e daquilo”. Tome como princípio para a sua vida o seguinte: o alimento saudável DE VERDADE é aquele que não vem em um pacote, ou caixinha.
Ao invés de comprar coisas prontas para dar ao seu filho, tire um dia da semana para preparar vegetais, legumes, frutas e receitas que levam alimentos in natura. Podem ser feitos bolos integrais, petiscos com frutas secas e por aí vai.
6 – Os pais não conversam sobre alimentação com seus filhos
Impor que o pequeno coma bastante alface, brócolis e cenouras não adianta. É só se colocar no lugar dele, oras. Se alguém lhe obrigasse a comer verduras e legumes, com o argumento de que “é porque eu mandei”, você as comeria?
Pois é. No lugar disso, converse com o pequeno. Explique sobre as propriedades dos alimentos saudáveis, e o motivo pelos quais eles são importantes. Pode falar da saúde do coração, do organismo como um todo e até mesmo do cérebro. Leve-a, também, para comprar os alimentos, deixe que ela possa escolher as opções que existem na sessão de hortifruti no supermercado e criem receitas juntos!
Convença uma criança de que o corpo precisa de comidas saudáveis para ficar bem desde cedo, e veja ela adquirir excelentes hábitos alimentares para o resto da vida!
7 – A família come fora de casa várias vezes na semana
Cozinhar em casa possibilita um melhor controle sobre as escolhas e até mesmo o modo de preparo dos alimentos. A certeza de que tudo foi higienizado de forma caprichada, por exemplo, só é estabelecida quando tudo for preparado por… VOCÊ!
Isso inclui, também a opção e quantidade de óleo no preparo das refeições assim como a integridade e procedência dos alimentos de forma geral.
8 – Os pais não oferecem à criança um alimento que ela recusou anteriormente
É comum que o pequeno, durante a infância, tenha resistência a certos alimentos. Para se ter ideia, uma criança precisa experimentar algumas receitas umas 10 vezes antes de se acostumar com elas!
Por isso, seja criativo! Invente novas receitas, deixe o prato com um aspecto divertido e bonito e tente de novo.
9 – A criança assiste TV, ou usa o celular durante as refeições
O momento da refeição precisa ser “sagrado”. O pequeno deve se concentrar naquilo que está comendo, e aproveitar cada segundo daquele ritual com as pessoas que ama.
Assim, ele saberá dizer se está satisfeito, por exemplo, e desenvolverá melhores hábitos alimentares ao longo da vida.
Dica 1: não insista que a criança coma ainda mais, ou “limpe o prato”, quando ela se diz satisfeita. Além disso, aguarde até o horário da próxima refeição para oferecer a comida novamente.
Dica 2: NUNCA use junk food e guloseimas como recompensa por bom comportamento, e nem como chantagem/condição para que a criança coma tudo o que está no prato.
10 – Os pais criticam o excesso de peso dos filhos
Acredite: não existe nada de útil, ou efetivo, em criticar o peso da criança. Isso só trará a ela problemas de autoestima e autoconfiança.
Enfim…
Quase todos os pais do mundo já cometeram ALGUM desses erros. O importante é sempre se informar sobre eles, assim como as boas condutas, e segui-las da forma correta.
Além disso, em caso de quaisquer dúvidas, não hesite em perguntá-las a um profissional, e nunca abandone as consultas de rotina com um pediatra/nutrólogo.
Por fim, siga todas as nossas dicas e tenha em mãos uma educação alimentar efetiva e eficaz!
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