Consulta com o pediatra: se seu filho tem de 5 a 10 anos, leia isso agora!
Publicado em 4 de outubro de 2019Os primeiros anos de vida do pequeno podem ser bastante conturbados para os pais. Isso acontece porque o bebê não consegue transmitir o que está sentindo e, ainda por cima, costuma ter muitas doenças relacionadas à idade. Afinal, seu sistema imunológico ainda está em formação. Aí, a consulta com o pediatra, nessa fase, costuma se extremamente frequente.
O problema é que, após os 5 anos, as idas ao médico diminuem drasticamente. Isso ocorre naturalmente, porque é quando as viroses tendem a dar uma estacionada, o sistema imunológico do pequeno já está fortalecido e, os pais, mais bem treinados para manterem tudo sob controle.
Porém, você precisa saber uma coisa: o período dos 5 aos 10 anos é ESSENCIAL para o crescimento e desenvolvimento da criança e, por isso, também merece ter o acompanhamento regular de um profissional. Continue conosco e entenda o porquê.
Por que a consulta com o pediatra é tão importante dos 5 aos 10 anos?
Entre os 5 e 10 anos, existe uma janela no desenvolvimento do pequeno destinada à construção de vários aspectos importantes da vida. É nesse período que a criança:
- adquire e aperfeiçoa seus hábitos alimentares e diários;
- constrói sua autoestima e autoconfiança;
- interage mais com outras pessoas, desenvolvendo suas habilidades sociais;
- começa a entender o que é responsabilidade, e como tê-la;
- aprende o que é a “tomada de decisões”;
- cria o bom senso e a autonomia.
Quando pensamos, por exemplo, em aperfeiçoamento de hábitos alimentares e diários, precisamos incluir a saúde bucal, a alimentação saudável, a prática de exercícios, a rotina do sono e por aí vai.
E quem é melhor para direcionar os pais sobre esses aspectos que o pediatra?
Vale ressaltar, aqui, que o pediatra coordena as consultas preventivas com outros especialistas como oftalmologista, otorrino, dentista, psicólogo etc. Exemplo: na consulta de 5 anos, é solicitada uma audiometria para checar se o pequeno está ouvindo tudo corretamente. Esse exame, por sua vez, é feito pelo otorrino.
A verdade é: ninguém nasce sabendo e, muito menos, possui tempo e disposição para entender qual é a forma e frequência correta de escovar os dentes, quais legumes, vegetais e proteínas são indispensáveis no prato do pequeno, e ainda como escolher a melhor atividade física para ele NAQUELE momento. E está tudo bem. O importante é entender que toda a orientação de um profissional, nesse ponto, é essencial para que o pequeno cresça bem e não crie maus hábitos. Aliás, vamos conversar um pouco sobre eles à seguir?
Corrigindo os maus hábitos
Lembra que falamos sobre uma “janela” que se abre dos 5 aos 10 anos? Pois é. Essa é a oportunidade que os pais têm para identificar os problemas que seus filhos estão apresentando, e corrigi-los antes que estes se tornem frequentes.
Por exemplo: se o paladar do pequeno está mais puxado para o doce e as gorduras, agora é a hora de tentar mudá-lo! Se Isso não for feito nessa fase, ele pode se tornar dependente destes e desenvolver quadros sérios como obesidade, diabetes, colesterol alto etc.
Para entender melhor do que estamos falando, continue conosco e veja, à seguir, os principais problemas que as crianças apresentam quando não consultam o pediatra nesse período de 5 a 10 anos.
Os 10 principais problemas que as crianças apresentam quando voltam a se consultar com o pediatra (lá pelos 10 anos):
1 . Erros alimentares
Durante a infância, são construídos os costumes alimentares que irão persistir por toda a vida. Uma alimentação inadequada nessa fase está relacionada a menos saúde e qualidade de vida na idade adulta. Além disso, aumenta o risco para mais de 200 doenças!
Os erros alimentares mais comuns, adquiridos nessa fase, são:
- comer mais do que o necessário;
- excesso de alimentos processados e lanches fora de hora;
- hábito de tomar suco ou refrigerante;
- recusa em experimentar novos alimentos;
- poucos vegetais e frutas na dieta;
- seguir dietas da moda junto com os pais.
Além disso, o excesso de preocupação com a alimentação saudável pode também vir a ser um problema grave!
2 . Obesidade
Quando o pequeno desenvolve, dos 5 aos 10 anos, o hábito de comer demais, e somente alimentos pouco saudáveis, o resultado será uma criança obesa.
Muitas vezes os pais se assustam quando ele, “de repente”, apresenta um peso muito maior do que o normal. Ao comparecerem à consulta com o pediatra, descobrem que o filho está acima do peso, apresentando dislipidemias, aumento da resistência à insulina e outros problemas de saúde.
Vale ressaltar que, por ele já estar mais velho, a dificuldade em reverter essa situação é ainda maior. Afinal, os hábitos já estão instalados.
3 . Colesterol alto
A consequência do sedentarismo e do consumo excessivo de açúcar e carboidratos é, além do ganho de peso, o aumento do colesterol e dos triglicérides.
As crianças, cada vez mais, têm apresentado precocemente doenças que antes eram exclusivas dos adultos como aterosclerose e diabetes tipo 2.
4 . Desnutrição (fome oculta)
A fome oculta é uma deficiência de micronutrientes secundária a problemas na absorção ou erro alimentar. Ela pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum nas gestantes e crianças pequenas.
Apesar de não causar sintomas inicialmente, a fome oculta pode evoluir para problemas graves como anemia, hipotireoidismo, doenças cardiovasculares, envelhecimento precoce e osteoporose.
5 . Déficit de crescimento
A falta de nutrição apropriada pode comprometer o crescimento da criança, e resultar em baixa estatura. Quanto mais tarde, pior o desfecho do tratamento.
6 . Distúrbios emocionais e de comportamento
Problemas familiares, estresse tóxico e dificuldades na escola podem resultar em distúrbios emocionais graves que devem ser abordados precocemente. Comportamentos que, para a família, podem parecer “uma fase”, podem ser indícios de problemas sérios e devem ser discutidos com o pediatra.
7 . Dificuldades escolares
Um mau desempenho acadêmico pode ter múltiplas causas, como:
- dificuldade visual;
- problemas de audição;
- apneia do sono;
- TDAH;
- problemas emocionais.
Todas as possibilidades devem ser investigadas antes de rotular a criança de “preguiçosa” ou “malandra”.
8 . Apneia do sono
A apneia obstrutiva do sono é mais frequente nas crianças com hipertrofia de amígdalas e adenóides, ou obesas. Ocorre uma obstrução parcial ou total das vias aéreas durante o sono, que é interrompido várias vezes durante a noite.
O resultado da perda de qualidade do sono é uma criança irritada, cansada e sonolenta, com dificuldades na escola e mais suscetível a infecções.
9 . Cartões de vacina desatualizados
É comum que os pais, após seguirem o calendário de vacinação corretamente nos primeiros anos de vida, esqueçam-se completamente das doses de reforço!
As vacinas indicadas na faixa etária de 4 a 12 anos são:
Aos 4 anos:
- DTP (Difteria, tétano e coqueluche) – 2º reforço.
- Vacina Oral Poliomielite (VOP) – 2º reforço.
- Varicela atenuada. Previne varicela/catapora.
Aos 9 anos:
- HPV (meninas) – 2 doses.
Aos 11 anos:
- HPV (meninos) – 2 doses.
- Meningocócica C.
Importante: o risco de meningite é maior na faixa etária de 5 a 12 anos!
Enfim…
É importante entender que a consulta com o pediatra, entre os 5 e os 10 anos, é tão essencial quanto aquelas realizadas nas crianças mais jovens.
Não é porque o pequeno já sabe se comunicar, e não apresenta tantos problemas como antes, que ele não mereça toda a atenção do mundo!
Afinal, seu desenvolvimento continua a todo vapor, estabelecendo inclusive alguns hábitos e padrões que vão durar por toda a vida.
Todos esses cuidados preparam a criança para uma puberdade saudável.
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Este conteúdo foi originalmente publicado no portal Convite à Saúde.