Como lidar com a cólica em bebês?
Publicado em 16 de maio de 2019O choro do bebê é aflitivo para qualquer adulto. No entanto, antes de colocar esse ato como um problema, precisamos entender que ele é a principal forma de comunicação do recém-nascido.
Alguns tipos diferentes de choro podem significar: dor, fome, desconforto, tédio e cólica. Hoje, nós vamos falar um pouco sobre o último.
Algumas curiosidades sobre a cólica em bebês:
- ela é caracterizada por longos períodos de choro sem nenhum motivo aparente;
- geralmente dura até os 3 meses de idade e raramente até os 5 meses;
- o ganho de peso está adequado;
- fumar durante a gravidez pode aumentar o risco de cólica em bebês;
- o diagnóstico de cólica é conseguido através da avaliação clínica criteriosa e exame físico detalhado do lactente, com a exclusão de suspeitas de doenças orgânicas;
- existem algumas abordagens simples e caseiras eficazes para amenizar as cólicas.
Mas afinal, o que é cólica?
Existem vários tipos de cólicas. Alguns deles são: renal, biliar, em bebês etc.
A cólica em bebês geralmente aparece algumas semanas após o nascimento, e pode continuar até que a criança tenha cerca de três a cinco meses de idade. Ela nada mais é que um desconforto abdominal que, apesar de incomodar bastante o lactente, não é perigosa ou prejudicial a ele, pois não afeta o seu crescimento e nem o desenvolvimento.
Ela pode ser particularmente frustrante aos pais porque esse desconforto costuma aparecer sem motivo aparente, e nenhum colo, afago ou canção de ninar é capaz de trazer algum alívio ao pequeno.
Sintomas de cólicas em bebês
- Choro intenso: o bebê começa a chorar de repente, de forma intensa e furiosa, sem motivo aparente. Não há muito o que se possa fazer para confortá-lo, a não ser esperar que tudo passe. Esse episódio costuma acontecer na mesma hora todos os dias (geralmente à noite) e pode durar de alguns minutos a períodos mais longos.
- Postura alterada: os punhos do pequeno ficam tensos, assim como seus músculos abdominais. Os joelhos geralmente ficam levantados e as costas, arqueadas.
- Sono irregular.
Causas
A causa da cólica em bebês é desconhecida. Pode resultar de vários fatores contribuintes. São alguns deles:
- o fato de o sistema digestivo dos bebês ainda não estar totalmente desenvolvido;
- desequilíbrio de bactérias saudáveis no trato digestivo (que pode ser abordado por meio de uma dieta rica em prebióticos e probióticos);
- algumas doenças que se apresentam com manifestações de cólicas: alergias ou intolerâncias alimentares; hiperalimentação do lactente: principalmente de leite materno; doença do refluxo gastroesofágico; manifestação precoce de enxaqueca infantil; doenças neurológicas, entre outras;
- estresse familiar ou ansiedade.
Fatores de risco
Alguns fatores, como estes abaixo, podem ser considerados como fatores de risco para cólica em bebês:
- mães que fumam durante a gravidez;
- parto prematuro;
- depressão materna;
- alimentação por fórmulas.
Diagnóstico
O pediatra pode realizar um exame físico bem detalhado para determinar se alguma coisa mais séria pode estar causando o desconforto do bebê, como uma obstrução intestinal e alterações neurológicas, por exemplo. Se o pequeno estiver bem e saudável, ele terá o diagnóstico de cólica.
Geralmente, exames laboratoriais ou complentares não são necessários, a menos que o médico suspeite que possa haver uma causa subjacente. Além disso, qualquer um que suspeite que seu bebê pode estar doente deve visitar um médico.
Tratamentos
Como a cólica em bebês faz parte do desenvolvimento deles, e não é prejudicial à saúde, o uso de medicamentos não é indicado.
Não existe uma substância única que cure todos os casos de cólica. No entanto, os seguintes tratamentos se mostraram bastante úteis para os lactentes:
- Estimular sempre o aleitamento materno: o leite materno possui diversos nutrientes que estimulam o desenvolvimento da microbiota saudável dos bebês, fatores imunológicos para prevenção de doenças, melhor digestão, entre outros. Crianças não amamentadas ao seio materno podem beneficiar-se de fórmulas com menores concentrações de lactose e pré e probióticos.
- Dietas sem proteína do leite de vaca somente em casos confirmados de alergia à proteína do leite de vaca.
- Probióticos (principalmente Lactobacillus reuteri) podem reduzir o tempo de evolução das cólicas.
- Usar simeticona em gotas, pode aliviar momentaneamente os sintomas de gases.
- Massagens e contato pele a pele dos lactentes com seus pais: podem estimular o desenvolvimento do sistema neurointestinal e abreviar o tempo de evolução das cólicas.
- Apoiar e acolher sempre a família: conversando e demonstrando a benignidade das cólicas.
Complicações
Logicamente, alguns bebês realmente apresentam dor ou outros tipos de problemas reais. Se o choro é prolongado ou não melhora com as dicas dadas neste texto, pode ser que este seja sinal de um problema médico mais sério.
De qualquer forma, o ponto essencial ao lidar com o choro do bebê é tentar entender o motivo pelo qual ele está acontecendo. Lembre-se: a melhor maneira de se comunicar com a criança é prestando atenção nela.
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Este conteúdo foi originalmente publicado no portal Convite à Saúde.