Puberdade: o que é, quais são suas mudanças e como lidar com ela
Publicado em 16 de julho de 2019A puberdade é uma época de grandes mudanças para o seu filho. Tanto dentro quanto fora do corpo. Pensando nisso, preparamos um texto que vai te ajudar a entender quais são essas alterações, o momento em que elas aparecem e como elas funcionam para meninos e meninas. Vamos lá?
O que é puberdade?
A puberdade é nada mais que o momento em que a criança passa por uma série de mudanças significativas em seu corpo. Elas, além de naturais e saudáveis, são físicas, psicológicas e emocionais. Pois é, tudo isso junto!
Quando ela começa?
Assim que o cérebro do seu filho começar a liberar hormônios sexuais nos ovários (no caso das meninas) e nos testículos (no caso dos meninos). Isso costuma acontecer em torno dos 10 a 11 anos para moças, e 11 a 13 anos para rapazes.
Contudo, vale ressaltar que algumas crianças podem começar a passar por essas mudanças mais cedo, ou mais tarde (meninas com 8 a 13 anos, e meninos com 9 a 14). Isso é perfeitamente normal, afinal, cada indivíduo é um, com todas as suas peculiaridades.
Não dá para saber, então, quando seu filho começará a sofrer os efeitos da puberdade. Até porque a maioria das alterações precoces não podem ser vistas de fora, então é fácil pensar que nada ainda aconteceu com o corpo do pequeno.
A puberdade (para a alegria de todos) pode durar, geralmente, em torno de 2 a 5 anos. Esse intervalo, apesar de extenso e incerto, também é completamente normal.
O que acontece com o corpo durante esse período?
Para ambos os sexos
- Acne;
- suor excessivo e maior incidência de odores corporais (como, por exemplo o famoso cecê);
- crescimento de pelos nas axilas, braços, pernas e em torno das genitais;
- aumento do peso e força física;
- alterações no padrão de sono (passa a ser maior);
- surgimento dos segundos molares por volta dos 13 anos, e dos terceiros molares (também conhecidos como siso) entre 14 e 25 anos.
Em meninas
Por volta dos 10/11 anos:
- crescimento dos seios e aumento da sensibilidade destes;
- surto de crescimento: cerca de 5 a 20 cm, encerrando-se por volta dos 16/17 anos (algumas partes do corpo, inclusive, podem crescer mais rápido que outras, o que pode deixá-la fora de proporção por um tempo);
- mudanças no formato do corpo (crescimento dos seios, alargamento dos quadris etc);
Por volta dos 12/14 anos:
- surgimento do corrimento (líquido esbranquiçado e inodoro que sai da vagina um pouco antes da primeira menstruação – atenção: se a sua filha reclamar de coceira, dor ou odores fortes ou ruins nessa região, consulte um médico);
- ocorrência da primeira menstruação: sua filha pode sentir cólicas (antes e durante o processo) e a famosa Tensão Pré-Menstrual – TPM também (dores de cabeça, fadiga, irritabilidade etc). O ciclo, no começo, costuma ser irregular, mas isso muda com o tempo.
Em meninos
Por volta dos 11/13 anos:
- crescimento dos órgãos genitais externos (pênis, testículos e escroto) – é normal que um testículo cresça mais rápido que o outro.
Por volta dos 12/14 anos:
- surto de crescimento: cerca de 10/30 cm, encerrando-se por volta dos 18/20 anos (o peito e ombros costumam ficar mais largos, e algumas partes do corpo podem crescer mais rápido que outras;
- pequeno desenvolvimento mamário (se isso preocupar seu filho, deixe claro que isso é normal e tende a reduzir com o tempo. Caso isso não aconteça, consulte um médico).
Por volta dos 13/15 anos:
- aumento da produção de testosterona, o que estimula os testículos a produzirem mais espermatozóides;
- obtenção de ereções e ejaculações mais frequentes. Durante esse período, inclusive, as ereções costumam acontecer sem nenhum motivo aparente. Se elas ocorrem durante o sono, recebem o nome de polução noturna.
Por volta dos 14/15 anos:
- maior evidência da laringe (também conhecida como “pomo de Adão);
- engrossamento da voz.
Como discutir essas mudanças com o seu filho?
Procure enfatizar que essas mudanças são parte de um processo natural de crescimento e que, por mais incômodas que sejam, são necessárias para que ele se desenvolva bem. Do contrário, algo com a produção de hormônios, e com o organismo em geral, não vai bem. É aquela velha questão do “mal necessário”.
Além disso, procure SEMPRE acompanhar as mudanças corporais do seu filho, porém, sem deixar de respeitar sua privacidade. Deixe-o livre, também, para descobrir o seu corpo e oriente-o durante o processo sempre que julgar necessário.
Por fim, tenha conversas abertas e tranquilas com ele, explique como o sexo e a sexualidade funcionam, dê todas as informações sobre como ele deve se proteger e preservar sua saúde e pronto: papel cumprido.
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Este conteúdo foi originalmente publicado no portal Convite à Saúde.