MEU FILHO ENGOLIU UM OBJETO ESTRANHO. O QUE EU FAÇO?

Crianças engolindo algo “que não deviam” é uma das histórias mais velhas do mundo, no que tange o cuidado dos pequenos (ficando atras apenas de quedas e batidas na cabeça). Isso é algo que, muitas vezes, preocupa os pais. Mas o quão grave é, realmente, este quadro? Esse post tem como objetivo ajudar os pais a lidar com a situação da melhor maneira possível.

 

Antes de mais nada, o quão deletério é, realmente, a ingestão de objetos que não são alimentos? Na maioria das vezes, o impacto é insignificante. Geralmente, os objetos, quando de tamanho não muito grande, são inócuos o suficiente para atravessar o trato gastro-intestinal sem causar qualquer dano. Entretanto, há situações em que o objeto precisa ser removido.

 

Quais são os sintomas neste caso? Nenhum, na maioria das vezes. Quando presentes, estes sinais se manifestam com:

  1. Dificuldade para engolir
  2. Salivação intensa
  3. Dor no pescoço ou no peito
  4. Tosse, dificuldade para respirar e/ou respiração ruidosa

Geralmente ocorrem quando o objeto está preso no esôfago e persistem até que ele se mova espontaneamente ou que seja retirado. Entretanto, é importante ressaltar que a criança pode apresentar-se sem sintomas, mesmo com o objeto ainda preso.

 

No evento de uma criança engolir algum objeto, o pediatra de rotina da mesma deve ser contactado. Ele(a) será capaz de orientá-los quanto à melhor conduta.

 

Em caso de necessidade de avaliação clínica, a realização de exames complementares (exames de imagem, laboratoriais) dependerá de sintomas, características do objeto engolido, tempo desde o incidente e localização do objeto no organismo. Esses também são fatores utilizados na avaliação na necessidade da retirada de dito objeto ou observação da criança até a passagem do mesmo pelo trato gastro-intestinal. Se este for o caso, os pais deverão observar eliminações do infante diariamente, até a passagem do objeto e estar atentos para sintomas (febre, nausea ou vômitos, dor abdominal, fezes com sangue), que indicarão uma avaliação médica.

Se houver necessidade de retirada do objeto, o procedimento indicado dependerá da localização do mesmo:

  1. Endoscopia Digestiva Alta: Se objeto estiver no esôfago ou estômago
  2. Broncospia: Se objeto estiver em alguma parte das vias respiratórias abaixo da glote (cordas vocais)
  3. Cirurgia aberta (laparoscopia): Se objeto estiver nos intestinos. Por sorte, esta é uma situação raramente encontrada.

A prevenção é, SEMPRE, a melhor alternativa: não oferecer para crianças, nem deixar a seu alcance, objetos e/ou brinquedos muito pequenos ou com pequenas partes móveis ou que se destacam facilmente.

 

Sempre na dúvida em como proceder, entrar em contato com seu pediatra de confiança.

Gostou? Deixe seu like!