MEU FILHO ENGOLIU UM OBJETO ESTRANHO. O QUE EU FAÇO?
Publicado em 8 de janeiro de 2013Crianças engolindo algo “que não deviam” é uma das histórias mais velhas do mundo, no que tange o cuidado dos pequenos (ficando atras apenas de quedas e batidas na cabeça). Isso é algo que, muitas vezes, preocupa os pais. Mas o quão grave é, realmente, este quadro? Esse post tem como objetivo ajudar os pais a lidar com a situação da melhor maneira possível.
Antes de mais nada, o quão deletério é, realmente, a ingestão de objetos que não são alimentos? Na maioria das vezes, o impacto é insignificante. Geralmente, os objetos, quando de tamanho não muito grande, são inócuos o suficiente para atravessar o trato gastro-intestinal sem causar qualquer dano. Entretanto, há situações em que o objeto precisa ser removido.
Quais são os sintomas neste caso? Nenhum, na maioria das vezes. Quando presentes, estes sinais se manifestam com:
- Dificuldade para engolir
- Salivação intensa
- Dor no pescoço ou no peito
- Tosse, dificuldade para respirar e/ou respiração ruidosa
Geralmente ocorrem quando o objeto está preso no esôfago e persistem até que ele se mova espontaneamente ou que seja retirado. Entretanto, é importante ressaltar que a criança pode apresentar-se sem sintomas, mesmo com o objeto ainda preso.
No evento de uma criança engolir algum objeto, o pediatra de rotina da mesma deve ser contactado. Ele(a) será capaz de orientá-los quanto à melhor conduta.
Em caso de necessidade de avaliação clínica, a realização de exames complementares (exames de imagem, laboratoriais) dependerá de sintomas, características do objeto engolido, tempo desde o incidente e localização do objeto no organismo. Esses também são fatores utilizados na avaliação na necessidade da retirada de dito objeto ou observação da criança até a passagem do mesmo pelo trato gastro-intestinal. Se este for o caso, os pais deverão observar eliminações do infante diariamente, até a passagem do objeto e estar atentos para sintomas (febre, nausea ou vômitos, dor abdominal, fezes com sangue), que indicarão uma avaliação médica.
Se houver necessidade de retirada do objeto, o procedimento indicado dependerá da localização do mesmo:
- Endoscopia Digestiva Alta: Se objeto estiver no esôfago ou estômago
- Broncospia: Se objeto estiver em alguma parte das vias respiratórias abaixo da glote (cordas vocais)
- Cirurgia aberta (laparoscopia): Se objeto estiver nos intestinos. Por sorte, esta é uma situação raramente encontrada.
A prevenção é, SEMPRE, a melhor alternativa: não oferecer para crianças, nem deixar a seu alcance, objetos e/ou brinquedos muito pequenos ou com pequenas partes móveis ou que se destacam facilmente.
Sempre na dúvida em como proceder, entrar em contato com seu pediatra de confiança.