Cuidados com o recém-nascido

Quais o cuidados com o cordão umbilical?

O cordão umbilical representa a ligação anatômica do bebê com a mãe. É cortado no nascimento do bebê e deve ser tratado com muito cuidado para que cicatrize bem, pois é um dos locais com maior risco de infecções para os recém-nascidos. Os bebês recebem os nutrientes e o oxigênio através do cordão umbilical quando estão no ventre das mães.

Depois do parto, um dos primeiros procedimentos se o bebê está respirando normalmente e tem as vias respiratórias libertas, é cortar o cordão umbilical. O médico coloca duas pinças no cordão e corta-o pelo meio. O procedimento é totalmente indolor para o bebê.
Posteriormente, o resto do cordão umbilical que ficou preso ao nível do abdome do bebê é cuidado pelos médicos, para que cicatrize mais facilmente.

Cuidados

Os cuidados com o cordão umbilical a partir do nascimento aplicam-se tanto aos profissionais de saúde, que tratam do bebê nos primeiros dias, como aos pais, já em casa.

O cordão umbilical deve ser mantido limpo e seco, colocado envolto em uma compressa esterilizada, embebida em álcool a 70%. Para que a fralda não interfira com o resto do cordão que permanece agarrado ao abdome do bebê, a colocação da fralda deve deixar o umbigo ao ar e nunca em contato com a urina.

A roupa mais apropriada para o bebê nos primeiros dias, desde que o clima não esteja muito frio, será bastante leve e larga de forma a permitir que o ar seque o cordão e o faça a cair mais depressa. Se demorar muito tempo a cicatrizar, é normal que apareçam pequenas partes de tecido agarradas ao cordão, que desaparecem com o tempo, sem motivo para preocupações.

Sinais de risco e infecção

Dada a fragilidade do cordão umbilical, é necessário verificar periodicamente se aparecem alguns sinais de risco. Os mais comuns são:

  1. A criança apresenta febre ou aparenta não estar bem de saúde.
  2. A zona do umbigo tornou-se inchada e vermelha.
  3. Aparecimento de pus na base do umbigo.

Se for detectado algum desses sinais, é necessário recorrer ao médico, uma vez que o bebê pode apresentar uma infecção que deve ser tratada com antibióticos. Dada a fragilidade da saúde do bebê nos primeiros dias, o tratamento precoce é essencial.

A queda do resto do cordão umbilical ocorre em cerca de 7 a 21 dias após o parto, ficando o bebê com uma cicatriz umbilical, como o característico de todas as pessoas. Poderão aparecer alguns vestígios de sangue nas fraldas do bebê no nível do umbigo, resultantes da queda do cordão, mas esse é um sinal perfeitamente normal.


Como prevenir as assaduras

A pele do bebê é muito sensível. Ela é cinco vezes mais fina do que a dos adultos e os bebês ainda não estão prontos para combater os problemas de pele, por isso, estão mais sujeito às assaduras.

O que é assadura?

A assadura é uma reação da pele ao contato com substâncias como a urina e as fezes acumuladas nas fraldas.

A assadura é mais frequente em bebês que urinam demais e evacuam a cada mamada. A urina e as fezes, com os germes, formam um pH diferente do da pele. Ela reage e surge a assadura. Quanto mais calor, pior é, pois a fralda abafa a região do bumbum e as bactérias aumentam.

Sintomas

Tratamento

Prevenção


Cólicas no Bebê

Momentos que atormentam os bebês e preocupam os pais. A presença de cólicas atinge 50% dos recém-nascidos e desaparece por volta dos 3 meses.

As causas ainda não foram descobertas pelos médicos, mas acredita-se que o problema seja decorrente da imaturidade do sistema gastrointestinal, além de outros fatores que podem colaborar, como por exemplo, o ar aspirado pelo bebê durante a amamentação e alimentos ingeridos pela mãe que causam fermentação durante a digestão.

Algumas características são típicas no recém-nascido:

Não há medicação para tratar as cólicas. E os analgésicos são contra-indicados.

Existem medidas preventivas que os pais podem fazer para ajudar:

Dica: Muitas mães dizem que chás de erva-doce e de camomila ajudam, mas não devem ser adoçados com açúcar, para que não ocorra a fermentação e a situação piore ainda mais.


Amamentação

A primeira, primordial, e insuperável forma de alimentar o recém-nascido é o aleitamento materno.

A recomendação pela Sociedade Brasileira de Pediatria, órgãos do governo e pela Organização Mundial de Saúde é que o aleitamento materno seja exclusivo até os seis meses e complementado pelo menos até os dois anos de idade.

Para evitar lesões no mamilo

É importante lembrar


Por que os bebês choram?

Todo bebê chora. Eles não têm outra saída. Até bebês completamente saudáveis são capazes de chorar entre uma e cinco horas por dia no total, sem que haja nada de anormal. Como não podem fazer nada sozinhos, os bebês precisam dos outros para conseguir a comida, o calor e o conforto de que precisam.

Chorar é o único jeito que o bebê tem de comunicar essas necessidades. No começo, pode ser desesperador tentar descobrir exatamente qual necessidade é essa: ele está com fome? Com frio? Com sede? Com tédio? Quer colo? Está com sono? Com o tempo, porém, você e seu companheiro vão começar a distinguir um pouco melhor cada choro do bebê, e farão o que ele quer mais rápido – o que deve representar menos choradeira.

À medida que vão crescendo, os bebês aprendem outros meios de se comunicar conosco. Aperfeiçoam o contato visual, fazem barulhinhos e até sorriem. Tudo isso reduz a necessidade de choro. Se seu bebê não pára de chorar, experimente ir seguindo a lista item a item. Mesmo que nada dê certo, você vai ficar mais tranqüila, ao saber que fez tudo o que podia para consolar seu filho.

Preciso comer

A fome é o motivo mais comum para um recém-nascido chorar. Quanto mais novo for o bebê, maior é a probabilidade de ele estar chorando de fome.

Isso só não acontece no primeiro ou no segundo dia depois do nascimento, pois nessa fase há crianças que quase não se alimentam. Se você está amamentando, percebe isso fácil, pois o colostro, aquele riquíssimo primeiro leite, é produzido em quantidades pequenas. O leite mesmo só “desce” por volta do terceiro dia. O recém-nascido tem o estômago pequeno, que não aguenta uma quantidade muito grande de leite.

Assim, se o bebê chorar, tente oferecer leite. Pode ser que ele não pare de chorar na hora, mas deixe-o mamar. Conforme o estômago dele for se enchendo, ele deve se acalmar. Caso o bebê já esteja de barriga cheia e continue chorando, talvez esteja querendo dizer a próxima coisa da lista.

Preciso ficar mais confortável

Com toda razão, os bebês reclamam se a roupa está apertada demais ou se estão com a fralda suja de cocô. Há bebês que não estão nem aí se a fralda está suja. Por outro lado, há outros que querem ser trocados na hora, principalmente se estiverem com a pele irritada. Verifique a fralda do seu filho e troque-a, se necessário. Talvez isso resolva o choro, portanto sempre vale à pena tentar.

Aproveite para verificar se não há nenhuma roupa apertando demais ou alguma outra coisa incomodando a criança, como um fio de cabelo enrolado nos dedinhos dela.

Preciso ficar na temperatura ideal – nem quente demais nem frio demais

Alguns recém-nascidos detestam ficar pelados para a troca ou para o banho. Não estão acostumados a sentir o contato do ar com a pele e preferem ficar de roupa. Se seu bebê for um desses, você logo vai aprender a trocar a fralda em velocidade recorde, para acabar com as reclamações.

Tome cuidado para não exagerar nas roupas, senão a criança vai ficar com calor. Uma regra simples é deixar o bebê com um pouco mais de roupa que a sua: se você está de short e camiseta, pode colocar um macacãozinho comprido de algodão sem nada por baixo. Se você está de calça comprida e blusa de manga comprida, ponha nele um macacão com body e “mijão” por baixo.

Um bom jeito de verificar a temperatura do bebê é sentir a barriga dele. Se ela estiver quente e suando, tire um pouco de roupa. Se ela estiver fria, agasalhe-o mais. Não vá pelas mãos e pelos pés, porque eles tendem a ficar mais frios que o resto do corpo.

Cuidado para não exagerar nos cobertores na hora de dormir. O melhor é colocar uma mantinha embaixo das axilas do bebê, para não correr o risco de ele se enrolar nas cobertas.

Preciso de colo

Há bebês que precisam de mais colo para se sentir seguros. Crianças um pouco mais velhas já se acalmam só de ver você no quarto ou ouvir sua voz, mas os pequenininhos precisam do contato físico. Se seu filho está alimentado, de fralda trocada, e continua chorando, pode ser que só esteja querendo colo mesmo.

Muita gente tem medo de “estragar” o bebê se der colo demais, mas nos primeiros três meses de vida isso não acontece. As crianças são diferentes entre si: algumas não precisam de tanto contato físico, e outras querem ficar no colo quase o tempo todo. Se seu filho for da turma do colinho, você pode usar outras estratégias, como o canguru ou o sling (uma espécie de rede), que mantêm o bebê perto de você mas liberam suas mãos para fazer outras coisas.

Preciso descansar

Seria ótimo se os bebês simplesmente fechassem os olhos e dormissem sempre que estivessem cansados, mas muitas vezes eles não conseguem fazer isso. Pode ser por agitação – um dia cheio de visitas e atividades pode deixar o recém-nascido muito excitado, e ele tem dificuldade para “desligar”. O excesso de estímulo – luzes, barulho, passar de colo em colo – pode deixar o recém-nascido inquieto, e é isso o que muitos pais percebem.

O bebê fica irritado no fim do dia, ou quando a casa está cheia. Talvez o bebê esteja só dizendo: “chega”. Experimente levá-lo para um lugar calmo, reduzindo o nível de estímulo. Pode ser que ele ainda chore mais um pouco, mas depois finalmente se tranquilize e durma.

Preciso me sentir melhor

Se você já deu de mamar, já verificou se ele está confortável, e mesmo assim seu filho continua chorando, é inevitável começar a pensar que talvez ele esteja com alguma dor. Para pais de primeira viagem, é especialmente difícil saber se a criança fica insatisfeita com frequência só por temperamento (o que acontece com algumas delas, já que leva mais tempo para elas se adaptarem à vida fora do útero) ou se há algo de errado.

Quando o bebê está com alguma dor, ele chora num tom diferente do choro normal – pode ser um choro mais desesperado, ou mais gritado. Por outro lado, para um bebê que chora bastante por natureza, o silêncio é que pode ser o sinal de que há algo errado.

O mais importante é lembrar que você conhece o seu filho melhor que qualquer outra pessoa. Se você sentir que há alguma coisa errada, entre em contato com o Pediatra.

Preciso de alguma coisa… mas não sei o quê

Haverá ocasiões em que você não vai conseguir descobrir o que está fazendo o bebê chorar. Muitos recém-nascidos passam por períodos de inquietação, e são difíceis de acalmar. A choradeira pode durar alguns minutos ou então horas a fio. O quadro de choro constante e inconsolável às vezes recebe o nome de cólica.

Oficialmente, a cólica é definida pelo choro inconsolável por pelo menos três horas ao dia, e que aconteça pelo menos três vezes por semana. É muito difícil lidar com um bebê com cólica. A família inteira sofre e fica estressada. Se você conseguir, tente se concentrar no fato de que isso vai passar.
A maioria dos bebês supera a cólica por volta dos 3 meses. Para mais idéias, leia nossas estratégias sobre como lidar com a cólica.


Perda de fôlego

A perda de fôlego freqüentemente é objeto de preocupação dos pais que se sentem como se a criança fosse morrer. A grande dificuldade naqueles casos que cursam com perda de consciência é diferenciar das crises convulsivas ou epilépticas. Essa diferenciação pode ser ainda mais difícil naquelas crises que além da perda de consciência se manifestam com enrijecimento do corpo ou abalos musculares. Esses episódios são sempre precedidos por choro, desencadeado por contrariedade, susto ou dor por pequenos traumas. Por outro lado, a crise epiléptica é de ocorrência espontânea, geralmente sem um fator precipitante aparente.

As crises de perda de fôlego ocorrem geralmente entre os 6 meses e 3 anos e são de dois tipos: cianótica (quando a criança fica “roxinha”) e pálida.

Na hora da crise não adianta assoprar a criança. Os pais devem se manter tranquilos e não deixar a criança perceber que a situação preocupa a família. Quando a criança percebe que consegue chamar a atenção, ela passa a apresentar mais crises. Também não devem fazer tudo o que a criança quer para evitar que ela chore, pois isso vai gerar um problema maior no futuro. O mais importante é ter consciência da benignidade do quadro, entender que essas crises não deixam seqüelas e desaparecem com o tempo.

Gostou? Deixe seu like!