A arte de cuidar de um bebê prematuro

Os três desafios principais do cuidado de um bebê prematuro são: 1) sobrevivência; 2) diminuição de sequelas imediatas; e 3) promover uma boa qualidade de vida no longo prazo.

A sobrevivência dos bebês prematuros tem crescido muito, acompanhando os avanços tecnológicos na área perinatal, com a melhora dos recursos diagnósticos, terapêuticos e de cuidados hospitalares.

Abaixo, descrevo alguns aspectos que devem ser considerados na adequada transição do hospital para o lar.

O prematuro não é um recém-nascido deficiente, nem mesmo um feto. É um ser único, que funciona adequadamente dentro dos limites de seu estágio de desenvolvimento, num processo contínuo de interação e adaptação do organismo ao meio ambiente. Os programas de estimulação dos quais os prematuros participam devem ser oferecidos por profissionais experientes e no momento adequado.

A decisão e o planejamento da alta hospitalar são baseados com relação à saúde do bebê e ao treinamento da família. Ainda na UTI, os familiares devem ser bem orientados em relação a vários aspectos: cuidados básicos, posicionamento antirrefluxo, vacinação, alimentação e acompanhamento médico futuro (avaliação auditiva e visual, hematológica, neurológica, etc).

O programa de follow up do prematuro deve ser realizado por uma equipe multiprofissional experiente. O objetivo principal desse programa é a monitorização do crescimento e do desenvolvimento da criança. Dessa forma, pode-se identificar precocemente situações de desvio da normalidade, o que permite uma intervenção precoce e de maior resultado.

Profissionais que compões a equipe multidisciplinar

Como deve ser feito o acompanhamento pediátrico do prematuro

A primeira consulta deve ser realizada cerca de 1 semana após a alta hospitalar, de forma a se avaliar a adaptação do prematuro ao lar. As próximas consultas são marcadas a cada 15 dias no primeiro semestre e mensalmente do 7o ao 18o mês de vida. Posteriormente, as consultas deverão ser anuais.

Alguns lembretes importantes

Conclusão

A assistência especial requerida pelo prematuro não se limita à UTI. A alta é a primeira batalha vencida. Assim, é fundamental que todo criança prematura seja acompanhada por uma equipe multiprofissional adequada.

Gostou? Deixe seu like!